sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Valkyrie Profile - Análise


Produtora: Tri-Ace

Distribuidora: Enix (antes de se juntar a Squaresoft)
Lançamento: 22 de Dezembro de 1999
Gênero: RPG
Número de jogadores: 1 (um)
Plataforma: Playstation, PSP


OPENING
"It Shall be engraved upon your soul. Divine assault ! NIBELUNG VALESTI !"

   Muita gente não sabe mas a Enix e a Square já foram concorrentes antes da união das empresas. E durante essa "guerra" de RPGs, a Square [anteriormente conhecida como Squaresoft] sempre levou a melhor com seus Final Fantasy's. Em meados do ano 2000 quando a Enix já havia lançado um de seus maiores sucessos, o Star Ocean, a Square não perde tempo e lança dois grandes títulos: Final Fantasy IX e Chrono Cross; que explodiram em vendas, porém a Enix não se sentiu intimidada e colocou no mercado um RPG totalmente original e inovador, intitulado Valkyrie Profile.
    E é realmente essa palavra que define Valkyrie Profile: inovação. Apesar de manter fielmente todas as características de um jogo de RPG, o título conta também com uma jogabilidade ao estilo plataforma, uma história que remete a mitologia nórdica e um conjunto gráfico e sonoro simplesmente sensacionais.



   A história do jogo é muito complexa e totalmente inspirada na mitologia nórdica, gira em torno de Lenneth Valkyrie [a garota de cabelo roxo da imagem acima]. Em uma das faces do enredo Lenneth é mandada por Odin ao mundo dos mortais, conhecido como Mydgard, com a missão de recrutar almas perdidas de grandes guerreiros mortos, treiná-las e enviá-las para Valhalla para lutarem ao lado de Asgard [uma espécie de Monte Olimpo, mas na mitologia nórdica] contra Vanir em uma guerra mística conhecida como Ragnarok que pode acabar com o fim dos mundos; já na outra faceta do enredo Lenneth se concentra em sua vida pessoal e em quem ela é, e tenta entender porque tantas pessoas citam fatos de seu passado sendo que nem mesmo ela possui lembranças do mesmo.
   O jogo possui cerca de vinte personagens jogáveis, cada qual com sua história e seus objetivos particulares. Durante o jogo Lenneth precisa encontrar e recrutar as almas desses personagens, mas para isso é óbvio que antes os personagens precisam estar mortos, e isso cabe a Lenneth, seja convencendo-os de que essa é a coisa certa a se fazer ou seja até mesmo enganando-os para que morram e possam servir á Odin [nada de sentimentalismo!].




   A jogabilidade é algo totalmente novo no mundo dos RPGs. O mapa-mundi é visto de cima, visto que Lenneth pode voar pelo o mapa-mundi, o jogador precisa apertar o botão "select" para que Lenneth comece uma meditação. Ao termino dessa meditação das duas uma: ou a protagonista descobre alguma dungeon; ou descobre alguma alma propícia a ser recrutada. Na primeira hipótese o jogador embarca em alguma caverna, floresta, ou algo do tipo, onde tem uma visão lateral e a exploração ocorre ao estilo plataforma. Os inimigos são visíveis e a batalha apenas se inicia quando o inimigo e Lenneth se tocam, porém as batalhas podem ser evitadas, já que a protagonista conta com uma habilidade que é uma espécie de cristalização, que reduz o inimigo a um pedaço de cristal, todavia essa transformação é temporária e o inimigo volta ao normal em segundos; já na segunda hipótese Lenneth presencia vários eventos que precedem a morte e o destino do guerreiro que passará a servir Odin, terminando com o recrutamento do mesmo.
   Durante a batalha é possível usar, além de Lenneth, mais três personagens, sendo que cada um fica designado para um botão do controle (X, O, ∆ e □). Ao apertar o botão correspondente ao personagem, ele vai até o inimigo e desfere um ataque. Desde que os ataques sejam sincronizados para poder atordoar o inimigo, entramos para uma espécie de massacre onde o player tem um tempo limitado para usar os ataques especiais de cada personagem e dilacerar o inimigo.



   Ao fim de cada capítulo a Deusa Freya exige que Lenneth envie um de seus guerreiros para Asgard para que possam lutar na guerra. Com o passar do jogo Freya sempre apresenta relatórios falando à respeito dos guerreiros selecionados pela protagonista e é bastante aconselhável que o jogador treine-os para que eles se saiam bem na guerra.
   A dificuldade é relativa, já que o jogador é quem seleciona no começo do jogo. A dificuldade selecionada implica fortemente no jogo, seja pelo final [ao todo são três diferentes], ou seja pelos personagens que podem ser recrutados, como é óbvio de se deduzir o jogador apenas pode descobrir todos os segredos e personagens se a dificuldade selecionada for o "Hard", porém é recomendado que se jogue primeiro nas dificuldades mais baixas para adaptar-se aos mecanismos do jogo.




   A qualidade gráfica, como os leitores podem notar nas screens, é bastante voltada ao estilo Anime. Todos os cenários são bem trabalhados, passando de castelos e vales à florestas, cavernas e cidades, todas com suas características peculiares. Cada personagem possui seus próprios movimentos distintos, sendo muito bem trabalhados e desenhados. As animações usadas durantes as batalhas são sensacionais e em parceria com as vozes [que passam um "feeling" tremendo] fazem das batalhas algo mais intenso e menos enjoativo sendo um dos pontos fortes do jogo, diferentemente da maioria dos RPGs onde geralmente as batalhas são maçantes e em um número alto, o que deixa o player muito frustrado.



   A parte sonora é um show à parte! As músicas passam o clima necessário, seja uma batalha totalmente frenética onde a música remete à adrenalina, ou seja em uma cena triste e dramática da morte de algum dos guerreiros, onde as músicas passam um clima triste e desolador. Porém o que tornou Valkyrie Profile um dos grandes nomes da Enix com certeza foram as vozes. Arrisco-me a dizer que Valkyrie Profile foi o primeiro jogo de video game a valorizar as vozes dos personagens de verdade, com um trabalho profissional e até então nunca visto. Cada expressão, cada movimentos em batalha, cada dano, tudo possui o seu arranjo vocal muito bem encaixado. Infelizmente é impossível o leitor compreender o alto nível do trabalho sem que o mesmo jogue o título, coisa que mais do que aconselhamos.


Mapa-mundi

   O conjunto da obra é algo indispensável para qualquer fã de RPG que se preze. Com uma trama original e muitas vezes emocionante, o jogador se vê na obrigação de terminar a aventura para saber qual o desfecho da história. Se você leitor ainda não conhece o título, essa é uma boa oportunidade de conhecer a qualidade do trabalho da Enix antes que a mesma se juntasse a Squaresoft, e entender porque hoje a SquareEnix é o maior nome no mundos dos RPG's eletrônicos. Não perca tempo e caia logo nessa aventura mística com a nossa querida Lenneth!






RESUMO


Prós:

-História original
-Gráficos bonitos
-Sonoplastia impecável
-Mitologia nórdica \o/

Contras:

-Algumas cenas de diálogos são bastante longas [passando de 30 minutos]
-Não achei nenhum contra fora o que foi citado acima


BATTLE GAMEPLAY


GAMEPLAY DE 9 MINUTOS NO PSP

Um comentário :

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