segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Sua mente é o maior inimigo em Nevermind


   Provavelmente todo o gamer de longa carreira já conheceu algum jogo de terror que, independente de como, conseguiu mexer com a sua mente, certo? Pois acredite, a proposta da desenvolvedora norte americana Erin Reynolds vai além! A jovem prodígio atualmente vem trabalhando no desenvolvimento de um jogo que além de prometer interferir diretamente em seu psicológico, também promete que seu psicológico irá interferir diretamente no jogo!



   Por mais improvável que isso pareça, é sim possível e vocês já saberão como. Mas antes, para facilitar a compreensão, vocês leitores precisam entender melhor a premissa do jogo: Nevermind é um projeto que começou como uma defesa de tese de doutorado da própria Erin na Universidade do Sul da Califórnica e trata-se de um jogo Adventure Horror, onde você assume o papel do psiquiatra Neuroprober [Eu sou rico, o Neuroprober] que desenvolveu um método "alternativo" para tratamentos psiquiátricos que ainda não possuem solução. O ousado doutor consegue entrar dentro da mente dos pacientes, podendo assim literalmente "cortar o mal pela raiz". 
   É claro que o fato de estar dentro da mente de uma pessoa psicologicamente instável já é por si só muito sinistro, mas para a senhorita Reynolds ainda não é o bastante, e usando de uma tecnologia chamada biofeedback será possível registrar os níveis de ansiedade e stress do jogador e refletir isso diretamente dentro do jogo. Para que isso funcione da maneira que Erin planeja, o ideal será usar um cinto Garmin para medir os batimentos cardíacos e os estímulos nervosos do jogador, além dos sensores de movimento do próprio joystick/mouse e também de uma câmera para não deixar passar nada. A ideia é simples: quanto mais ansioso o jogador ficar e quanto mais seu nível de stress subir, mais difícil o jogo há de se tornar, fazendo da sua mente seu pior inimigo.

Cinto Garmin

   O projeto já recebeu menções honrosas na IndieCade, Games for Change e Unity Unite Awards e pretende estar no mercado por volta de Junho de 2015. Assim como vem virando uma mania, o jogo também aderiu à "vaquinha comunitária" e foi inserido no Kickstarter dia 5 de Fevereiro, site onde os jogadores fazem doações para deslanchar algum projeto (como sugere o próprio nome do site traduzido: "Chute Inicial"). Segundo o site, a quantia necessária para que o jogo seja lançado é de 250 mil e são permitidas doações a partir de US$ 1,00, no caso de doações maiores, a boa alma poderá receber como prêmio camisetas, artes conceituais e até mesmo o nome nos créditos do jogo.
   Ainda segundo a própria Erin, o objetivo do jogo é fazer com que os jogadores aprendam a lidar com sua ansiedade de uma forma geral, já que segundo a teoria da mesma: 

"Se você pode controlar sua ansiedade dentro do mundo perturbador de Nevermind, apenas imagine o que você pode fazer quando chegarem os inevitáveis momentos estressantes do mundo real".

   Pode parecer besteira, mas segundo Marientina Gotsis, diretora do Centro de Mídia Criativa & Saúde Comportamental da USC, tudo isso faz o maior sentido: 

"Nevermind tem muito potencial para ajudar as pessoas efetivamente através de técnicas para elas próprias gerenciem seu stress e ansiedade. Eu tenho esperado por anos por algo como isso vir a público. Isso está em neurociência emocional, no que diz respeito ao funcionamento do cérebro, e é uma experiência muito animadora combinar jogos e benefícios potenciais para a saúde"


   Por ora não temos certeza quanto as plataformas que receberão o game e está confirmado apenas para PC, inclusive já foi aprovado pela Valve e será lançado na Steam. Há previsão de que em breve também saiam versões para Mac e Xbox One, além de futuras interações com o dispositivo de realidade virtual mais comentado do momento: o Oculus Rift. Ainda não há informações sobre preços.
   Em uma época onde jogos de terror originais e de boa qualidade vem ficando cada vez mais escassos, um projeto como Nevermind realmente é para dar um ânimo no coração dos fãs de Horror. É o exemplo vivo do que eu sempre digo: acredito que ainda estamos vivendo a idade da pedra polida nos games e que a tecnologia gamer ainda vai evoluir, e em proporções inimagináveis. Torçamos para que cada vez mais desenvolvedores destemidos como a Erin apareçam com ótimas ideias como essa, pois as produtoras precisam enxergar que lançar mais do mesmo com gráficos melhorados não vai contentar os jogadores para sempre...


TRAILER OFICIAL


2 comentários :

  1. Só eu achei esse jogo meio parecido com LSD de ps1?

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    1. Não acredito que até hoje eu nunca tinha ouvido falar nesse LSD do PSX!
      Poxa vida, que jogo viagem cara! Aonde você conheceu isso? HAHAHAHAHA

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