Temos que concordar em uma coisa: nos último meses os eSports vêm crescendo de uma forma assustadoramente rápida! Grandes campeonatos de jogos como DOTA 2 e League of Legends estão oferecendo altos valores em dinheiro como prêmio, além do que também vêm recebendo cobertura dos grandes canais televisivos e atraindo uma grande audiência por parte dos telespectadores. Todavia, mesmo com essa modernização aparentemente bem sucedida, parece que ainda há uma pequena resistência/discriminação por parte dos “experts do esporte” com relação aos eSports.
Em Julho desse ano a ESPN, o maior canal esportivo da televisão, transmitiu o The International, maior campeonato de DOTA 2 do mundo, e para surpresa de várias pessoas a cobertura foi um sucesso! A repercussão foi tão positiva, que logo depois disso a emissora já fechou um acordo com a Major League Gaming e prometeu dobrar a cobertura dos eSports, começando por um torneio de Call of Duty: Ghost.
Mas mesmo com os eSports tomando o rumo certo e alcançando cada vez mais pessoas, ainda existe uma parcela que não os consideram “esportes reais”, e o presidente da ESPN americana, John Skipper, faz parte dessa parcela. Quando questionado pelo site Re/Code sobre o fato de a Amazon ter comprado o Twitch, o presidente deu a seguinte declaração:
“[eSports] Não é esporte, é uma competição. Xadrez é uma competição, damas é uma competição. Na maior parte das vezes eu estou interessado em cobrir esportes reais.”
A declaração de Skipper tem fundamento, mas vai de encontro a alguns fatos. Para começar, a emissora já cobriu campeonatos de “esportes” muito mais duvidosos, como Empilhamento de Copos, Palavras Cruzadas e até mesmo de quem come mais cachorros-quentes, mas a grande discrepância fica por conta do Pôquer, que hoje está entre a grade de esportes que recebem cobertura da ESPN. Aí fica a pergunta: Em que o pôquer é diferente de xadrez ou damas?
Não sabemos até que ponto os atletas dos eSports se sentem descriminados quanto a esse tipo de afirmação, mas para as desenvolvedoras gamers isso soa muito negativamente, já que a participação e cooperação da mídia televisiva é uma ferramenta essencial para o crescimento e a disseminação dos eSports como modalidade esportiva pelo mundo, e quando uma pessoa tão influente como John Skipper faz uma declaração desse tipo, é de se esperar que parte do público também passe a seguir essa ideologia.
Mas de qualquer jeito, queira Skipper ou não, os eSports estão conquistando cada vez mais espaço e cada vez mais pessoas estão aderindo a essa modalidade, já que convenhamos, ganhar para jogar é o sonho de todo gamer! Se continuar assim, quem sabe daqui a alguns anos não possamos ver alguns eSports nas Olimpíadas? Ou melhor, quem sabe não teremos uma Olimpíada exclusiva para os eSports? É esperar para ver.
Concordo que Esport não pode ser considerado um "esporte". E utilizo dos seus argumentos, é como considerar xadrez ou poker "esporte", não é. Falo esporte na perspectiva de esforço físico e mental secularmente determinada em nossa sociedade. Considerar Xadrez como esporte por exemplo é o mesmo que considerar, também como esporte, política. Não o é.
ResponderExcluirAcredito que um dia daremos um nome melhor para este gênero do qual tantos de nós amamos no mundo virtual, mas definitivamente, Esport não é Esporte.
Curti, vou escrever sobre isto lá no blog aiuha