Fabricante: Ongame (Posteriormente comprado pela Softnyx)
Editora: GOA
Data de lançamento: Janeiro de 2007
Gênero: MMO, Estratégia
Plataforma: PC
Interação Online: MMO
Número de jogadores: 2~8 por sala
Trailer
Newbiiiie
“Como você tem coragem de jogar essa porcaria?!”
Essa foi a frase que eu disse a um amigo meu na primeira vez que vi ele jogando Gunbound. Aqueles personagens frescos e carrinhos afeminados não me convenceram, pelo menos não à primeira vista. Mas sabem essa conversa de que a primeira impressão é a que fica? Esquece!
Na época em que Counter Strike estava no seu auge e eu era [e ainda sou] um grande fã do jogo, resolvi dar uma chance ao Gunbound, já que bastante gente que eu conhecia estava jogando. Estava feito! Joguei por dezenas [acho que por centenas] de horas e ironicamente aqui estou eu hoje escrevendo uma análise sobre ele.
Assim como a grande maioria dos MMOs, Gunbound não possui uma história convincente, na verdade a história é mais simbólica apenas para tentar justificar o motivo de todos os jogadores se digladiarem.
Segundo o site oficial: Gunbound significa Batalha Mortal e se passa no planeta Lond e em suas oito luas. E nesse planeta todos habitantes são guerreiros e precisam batalhar com a ajuda de mobiles para se tornarem os mais fortes. Típico enredo de MMO.
Nesse dia eu conseguir ser o dono da sala 1
O jogo também é claramente inspirado no clássico Worms que por sua vez foi inspirado no Scorched Earth. Para quem não está habituado a jogos do tipo é algo simples: O jogo é em 2D e acontece em uma plataforma que é destrutível, os jogadores montados em seus veículos[chamados no jogo de mobiles] precisam destruir todos os jogadores da equipe adversária, seja esgotando a energia ou derrubando da plataforma. O jogo é dividido em turnos e apenas um jogador atira de cada vez, obedecendo à ordem estabelecida pelas regras do jogo. Esse tempo de espera é conhecido como delay, as ações feitas no seu turno são o que determina o seu delay, porém isso é outra coisa que até hoje não entendi direito como funciona.
O jogador possui a disposição uma considerável quantidade de mobiles para escolher, cada um possuindo três tipos de tiros conhecidos como T1, T2 e SS. Geralmente o T1 é o mais fraco, o T2 causa mais estrago e o SS é o ataque especial do mobile. Para efetuar o tiro o jogador deve escolher o ângulo e a força, que é medida através de uma barra vermelha, além disso vários fatores podem influenciar no trajeto/potência do tiro como a força e o sentido do vento, alguma barreira no meio do cenário e existem até alguns tiros que são mais “leves” que outros. E apesar de possuir um tutorial, o jogador só adquire a verdadeira experiência com o tempo.
Conforme progride no jogo o player vai subindo de nível, porém isso não afeta em nada a performance durante a batalha e é usado mais como uma maneira de simbolizar a experiência que o jogador possui. A classificação é interessante mas até hoje eu não entendi direito a lógica: quando você começa, no slot do seu nível aparece um pinto [calma gente, falo do filhote da galinha], os primeiros níveis são simbolizados por ferramentas, passando por martelos, machados e os “axes” (lê-se acses) que nada mais são do que machados mais aprimorados, depois disso o nível é representado por cetros e os níveis finais são dragões. Interessante mencionar que os GMs [pessoal que trabalha para a empresa para manter os servidores em ordem] possuem em seu slot de nível um martelo igual ao do Chapolin. Agora eu acredito que das duas uma, ou existe uma explicação muito misteriosa e subliminar para todo esse sistema de nível ou o produtor que inventou isso tomava muito LSD na época.
Mobiles (clique na imagem para ampliar)
Os servidores são divididos por nível assim proporcionando um jogo mais justo, porém ao menos na época em que eu jogava, possuía também um servidor livre para jogadores de qualquer nível.
Para poder aumentar seus atributos o jogador precisava adquirir os famosos avatares. Os avatares na verdade são as roupas e acessórios que seu personagem usa e que podem aumentar a força, o nível de destruição da plataforma e até mesmo a quantia de Gold adquirida depois de cada jogo. Contudo esse aumento de status é reconhecido apenas em alguns servidores, fazendo dos avatares algo usado mais para a estética do que para aumentar os atributos. Para adquiri-los é necessário acumular o Gold adquirido nas batalhas ou usar dinheiro real para comprar Cash, que também serve para comprar os avatares [alguns são exclusivos para cash].
Avatar Shop
O jogo ainda conta com a famosa Buddy que é um genérico do MSN, onde você pode adicionar os jogadores e conversar com eles durante o jogo. Lembro-me que existia até mesmo um povo que não adicionava jogador de nível baixo na sua Buddy alegando algo do tipo “Só adiciono de cetro pra cima”. O porquê disso é outra coisa que eu também nunca entendi, mas atribuo à idiotice.
Os gráficos do jogo são ao maior estilo cartoon com uma leve pitada 3D, os guerreiros de início são simples mas leve em conta que você terá centenas de avatares para poder personalizá-lo de infinitas formas. Os mobiles também são muito bem trabalhados, todos possuem uma animação quando ficam certo tempo parados além do que todos também possuem suas peculiaridades. Os cenários, tanto a plataforma como o fundo são bastante coloridos e mesmo o detalhamento não sendo dos melhores, com certeza dão um toque especial ao jogo. Os menus e telas de seleção de servidor e seleção de salas também possuem cores alegres, seguindo o estilo cartoonista.
Mas acho que foi no som que a Softnyx deixou a desejar. As músicas de fundo com o passar das horas de gameplay tornam-se enjoativas e repetitivas. Mesmo possuindo uma grande variedade de músicas de fundo, algumas são bastante semelhantes e não tem jeito, com o tempo passam a ser monótonas, eu geralmente jogava ouvindo música. Os efeitos sonoros dos tiros já não carecem de qualidade, já que são bem trabalhados e alguns possuem uns sons bem divertidos. Porém uma das piores coisas que a Softnyx implementou no Gunbound foram os atalhos no teclado que faziam o guerreiro do jogador falar pequenas coisas como “Nice Shot”, “Very Nice Shot”, “Hi”, e o maldito “Noob” [que inexplicavelmente era pronunciado “newbie”]. Como em todo lugar, Gunbound também era cheio de gente idiota e que adorava usar esse recurso com uma freqüência de uma vez por segundo, provavelmente deve ser o mesmo tipo de gente que só “adiciona de cetro pra cima”, enfim isso irritava e muito, por vezes me obrigando a desligar o som do jogo.
Mas não foi nem música ruim e nem o recurso de fala, o que me fez parar de jogar mesmo foram as pessoas idiotas citadas no parágrafo acima. Infelizmente pelo menos na época que eu jogava, existia muito cheater [jogador que usa de programas ilegais para ganhar vantagem]. Desanimava-me entrar numa sala e assim que começa a batalha ver que dois ou três jogadores estavam usando algum hack, seja para adquirir mais gold ou para ter menos delay, ou mesmo para ter energia infinita. Mas o fim do Gunbound foi quando algum nerd muito desocupado inventou o famoso Aim Bot. Era um aplicativo muito criativo, pois o jogador selecionava o mobile que ele estava usando, colocava o mouse onde ele queria acertar o tiro e apertava Print Screen. Estava feita a mágica, na tela aparecia exatamente a quantidade de força que ele deveria utilizar assim como a trajetória exata do tiro.
Eu admito que já usei hack de gold em algumas contas antigas e também me aproveitei do famoso bug de gold que foi descoberto no jogo e que acontecia devido a algumas alterações no firewall do computador, ficando com mais de cinco milhões, mas nunca, repito: nunca usei Aim Bot, porque acho que é muito óbvio que isso acaba com toda a diversão, e sinceramente eu achava uma honra quando me chamavam de "aim" durante as partidas.
Não sei como anda o Gunbound hoje em dia, pois já faz cerca de uns três anos que não jogo, mas acredito que seu auge já tenha passado. Porém para quem gosta do estilo de jogo e ainda não teve a oportunidade de jogar, Gunbound pode ser baixado gratuitamente na internet. Como não sou de cuspir no prato que já comi, eu recomendo! Mesmo não tendo mais a mesma graça de antes é um jogo muito divertido e com certeza você fã de Worms vai gostar !
RESUMO
Prós
-Jogo bastante técnico
-Gráficos bonitos
-Grande variedade de avatares
-Era lindo ouvir “DOUBLE KILL !”
Contras:
-Música enjoativa
-Grande utilização de cheats
-“Newbiiie, newbiiie, newbiiie, new, new, newbiiiie”
Gameplay
Maya vs. Dragon
E eu achando que Worms era o original Oo, nunca ouvi falar desse Scorched Earth
ResponderExcluirEu também sempre pensei que o Worms fosse o patrono, mas pesquisando eu vi esse Scorched Earth.
ExcluirÉ bem precário, mas dá pra notar que a ideia do Worms foi tirada dele