segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

BloodRayne: Betrayal - Análise


Fabricante: WayFoward Technologies
Distribuidora: Majesco
Data de lançamento: 6 de Dezembro de 2011
Plataformas: Playstation 3 e Xbox 360
Gênero: Ação, Plataforma
Número de jogadores: 1 (um)

Trailer
Vampire Massacre !

   Logo quando decretei fim à parte da minha vida social e assinei o plano Plus da Playstation, em meados de Outubro de 2012, fui surpreendido com 12 jogos “grátis” [por assim dizer, são grátis enquanto seu plano Plus ainda estiver ativo], entre eles jogos conhecidos como InFAMOUS 2 e Little Big Planet 2, e também jogos dos quais eu nunca havia ouvido falar, como Renegade Ops, Sideway e esse tal BloodRayne: Betrayal 
   Entre toda aquela empolgação em testar todos, finalmente chega a vez de ver qual era a desse BloodRayne. Confesso que não esperei nada grandioso, já que nunca fui fã da franquia que possui dois filmes [bem ruinzinhos!] com histórias bem fracas e uma sequencia de jogos que consegue ser pior ainda. Porém eu estava prestes a descobrir que minha prévia opinião estava muito errada.



   Logo de cara, no primeiro minuto de jogo, não pude evitar perceber uma grande e nítida influência do jogo Castlevania: Symphony of the Night, tanto na jogabilidade como na parte gráfica e sonora. E eu como fã de longa data do Symphony of the Night, logo creditei alguns pontos a esse “joguinho de PSN”. 
   Mas o que eu não esperava mesmo era que esse jogo fosse me prender de uma maneira tão intensa que eu não conseguiria desligar o console pra dormir enquanto não liquidasse aquele maldito boss desgraçado, ou matasse aquela orla de amoebas gigantes, ou mesmo passasse por aquela sequencia de plataformas flutuantes endemoniadas que são menores do que piolho de borboleta e se movem mais rápido do que os ratos do Donkey Kong quando veem um elefante, fazendo com que o jogador comemore mais um  Checkpoint no BloodRayne do que um TripleKill de granada no multyplayer do Call of Duty !



   O enredo realmente não é dos mais originais, pra quem não sabe Rayne pertence uma raça digamos: “exótica” de seres que são resultados do cruzamento [que acredito ser através de copulação] de vampiros com humanos, que no universo BloodRayne são conhecidos como Damphyr [nome meio sem nexo, porém é mais descolado do que “meio-vampiro"]. Nesse mundo obscuro uma sociedade chamada Brimstone Society descobre que os vampiros pretendem fazer um grandioso ataque que poderá dizimar toda a vida humana e decidem pedir ajuda para Rayne, acreditando que ela seria a única capaz de impedir esse mal que estava pro vir. A Damphyr simpaticamente aceita [claro, caso contrário não teríamos motivos para o jogo].



   Durante o jogo existem alguns [poucos] diálogos entre os personagens a fim de dar mais ênfase à história, porém a jogabilidade certamente será a primeira coisa a chamar a atenção dos gamers. Com o clássico estilo plataforma e com comandos precisos, mas em contrapartida complexos, que são muito fáceis de aprender, contudo muito difíceis de dominar. O jogo certamente aumenta os níveis de adrenalina emitidos pelo cérebro humano, já que a ação é sem fim: um bocejo, um espirro, ou um simples piscar de olhos um pouco mais demorado e lá se vai sua vida. A física do jogo é um ponto que merece destaque, como Rayne se movimenta muito rapidamente e certamente não possui freios ABS, espere por muitas “derrapadas”, “escorregões” e “deslizes” pelo cenário, nada que a meu ver comprometa a jogabilidade e muito pelo contrário, esse também é um ponto que aumenta o nível de dificuldade do jogo, que também é um dos pontos mais chamativos. Por toda a nossa vasta internet BloodRayne: Betrayal vem sendo alvo da ira de gamers desprovidos de paciência que dizem que o jogo “é para loucos epiléticos”, dizem que algumas fases são tão difíceis que podem causar um AVC nos jogadores e dizem também que tudo isso é uma conspiração maligna da WayFoward Technologies para induzir seres humanos ao suicídio devido à frustração. Se tudo isso é verdade não sabemos, mas sabemos que se você for bom em jogos de plataforma estilo Hack’n Slash, BloodRayne: Betrayal certamente lhe oferece um desafio considerável. Espere por hordas intermináveis de seres malignos que aparecem por todo canto da tela, espere por plataformas flutuantes rápidas e traiçoeiras, espere por Bosses grandes e desafiadores e o principal, espere por tudo junto de uma só vez em uma sala pequena e escura! Felizmente [ou não] o jogo é bem curto [o que não significa que você vai terminá-lo rápido] e possui apenas 15 fases. É uma quantidade relativamente pequena, levando em conta que você não tenha histórico de problemas cardio-cerebrais. 



  O esquema de jogo é simples: um botão para pular e um para bater, Rayne também possui um Dash e uma arma secundária que varia durante o jogo. Um ponto interessante é o esquema de recuperar energia e também de envenenar os inimigos. Durante todo o jogo só haverão duas maneiras de recuperar energia:
  1. Encontrando um Checkpoint
  2. Sugando o sangue dos inimigos [e é aí que está um dos desafios!]
  Para deliciar os glóbulos brancos e vermelhos [ou seja lá de que cor forem] dos inimigos, primeiro o jogador precisa atordoá-lo com o um golpe qualquer e imediatamente apertar e segurar o botão para sugar o sangue até que o inimigo esteja morto [processo que demora cerca de 3 segundos] e a energia parcialmente renovada. Um ponto interessante é que você pode usar da mordida de Rayne como forma de ataque ao invés de cura: Se você atordoar o inimigo e morde-lo, porém não segurar o botão até que ele morra, o inimigo será envenenado. Uma vez o inimigo envenenado você pode apertar um botão que ativa uma habilidade muito interessante de Rayne que faz com que todos os inimigos envenenados explodam e desencadeiem uma explosão em todos os outros inimigos próximos ! [Isso mesmo: explodam! Acreditem, é muito útil durante todo o jogo!]
  A parte gráfica também merece seu mérito. Todo o jogo se passa num cenário 2D ao estilo HQ macabro, repleto de detalhes e itens escondidos. Os inimigos variam, mas não muito, excluindo os Bosses existem mais ou menos uma dúzia de inimigos diferentes, cada qual com seus próprios movimentos e peculiaridades. Os menus são simples com desenhos simples, opções simples, fonte simples, e de simples compreensão, nota-se que não foram feitos para impressionar, mas sãos eficientes.
   Outro ponto que também é considerado um diferencial no jogo é a sonoplastia. Em BloodRayne: Betrayal as músicas possuem um papel fundamental e emergem o jogador no ritmo frenético do jogo, carregadas de guitarras aceleradas e teclados macabros, a trilha sonora certamente se encaixa entre as melhores que já ouvi [opinião própria]. As vozes dos personagens, embora apareçam muito raramente, possuem dublagens convincentes e de qualidade, porém nada tão grandioso a ponto de chamar a atenção do gamer.



   Os efeitos sonoros também foram muito bem implementados, é possível ouvir a lâmina de Rayne cortando os inimigos, também como é possível ouvir o sangue [ou seja lá o que for] dos inimigos esguichando pelos ares. Tudo claramente inspirado em Castlevania SotN, como citado no início da análise.
   O ponto é o seguinte: BloodRayne é um jogo exótico, do mesmo modo que agrada demais alguns gamers, desagrada e frustra outros, porém não é possível você cultivar uma opinião sem antes jogá-lo, atitude que aliás eu mais do que indico a todos que gostam de games em que você precisa apertar botões mais rápido do que em um Guitar Hero no nível Expert. Mesmo não sendo o jogo do século, BloodRayne: Betrayal tem o seu encanto e seria injusto dizer que é um trabalho desleixado e mal feito [porém, seria justo dizer que é uma micro-cópia do Symphony of the Night]. Se você possui uma opinião muito ruim sobre a franquia BloodRayne [assim como eu tinha], não se agarre a isso e perca alguns minutos do seu tempo para conhecer o jogo, afinal acredite, BloodRayne: Betrayal é o tipo de jogo em que você descobre se vai amar ou odiar logo na primeira vez que morre [que no caso deve acontecer entre o primeiro e o terceiro minuto de jogo]!


Gráficos ao estilo HQ muito bem detalhados !


Sangue, muito sangue !

Essas fontes são os Checkpoints. Acredite, ficará muito feliz em vê-las !


Plataformas, malditas plataformas...


RESUMO

Prós:


-Alto nível de dificuldade
-Gráficos em 2D muito bem trabalhados
-Trilha sonora inspiradora
-Rayne é uma Dhampyr muito gata ;)

Contras:

-Enredo fraco e pouco trabalhado
-Perigo de um surto, AVC, suicídio, ou demais desgraças, devido a frustração de não conseguir passar a fase.


GAMEPLAY DE 19 MINUTOS

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