Caro amigo leitor, você algum dia já se imaginou sendo um caçador na Africa? Ou um soldado indiano? Ou até mesmo um bem sucedido fazendeiro alemão? Eu sei, provavelmente você nunca imaginou nada disso, mas de qualquer forma dois ex-funcionários da Ubisoft imaginaram e elaboraram um plano maquiavélico e ambicioso que pretende tornar isso tudo realidade!
Como podemos acompanhar, hoje em dia existe uma verdadeira guerra entre produtoras de games, uma está sempre tentando superar e criar algo maior do que a concorrente, o que para nós gamers é ótimo, mas nem sempre resulta em algo realmente inovador e criativo. Porém, a ideia desses dois vai muito além de um simples jogo mundo aberto. Julien Cuny e Louis Pierre Pharand [vulgos Neo e Morpheus] trabalharam na Ubisoft em franquias como Assassin's Creed e Far Cry [currículo de respeito] e ao se desligarem da empresa, idealizaram um jogo absurdamente grandioso e que, segundo eles, será algo totalmente diferente do que já foi visto no mundo dos videogames até então. Os dois fundaram o estúdio Pixyul para tentar colocar essa inusitada ideia em prática. Intitulado ReRoll, o jogo será um RPG de ação e sobrevivência e se passará em nada mais, nada menos do que nosso querido planeta Terra em tempo real [sim, nele todo!]. Usando de drones [pequenos robôs, como exemplo o eBee da senseFly], a Pixyul pretende recriar cada quilômetro quadrado do nosso planeta através de uma tecnologia chamada drone-sourcing.
Os drones possuem câmeras de alta resolução e enviam milhares de fotos da Terra em tempo real para um software 3D, que processa as imagens e transpassa as mesmas para o ambiente tridimensional do jogo. Parece fascinante não? Além disso, os profetas da Matrix também vão usar um tipo de Reality System Sync (RSS, ou Sistema de Realidade Sincronizado), que é capaz de conectar o jogo à realidade climatológica do mundo real. Exemplificando de forma simples: se estiver chovendo lá em Paris e seu personagem estiver em Paris no mesmo momento no jogo, estará tomando chuva e todo molhado, ou então se estiver um frio de -15° em Moscou e seu personagem estiver em Moscou, certamente estará pisando sobre neve e tremendo!
Porém, como citado no segundo parágrafo, a Pixyul tem um plano que pode ser considerado até mesmo utópico: eles pretendem fazer tudo isso em escala global, recriar todo o planeta, cada quilômetro quadrado, de um polo a outro, proporcionando assim uma experiência de mundo aberto nunca vista antes! Você poderá visitar seu bairro, ver sua casa e a de seus amigos com seu personagem, poderá viajar para a Itália, Espanha, Marrocos, Senegal, China, ou qualquer outro lugar do mundo, tudo sem sair da comodidade da sua casa.
Sobre a jogabilidade pouca coisa foi revelada. Sabemos que ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, não será um MMO competitivo. Será uma campanha Single Player com a opção de um Multplayer cooperativo (ao estilo Borderlands). Os dias terão 24 horas, passando por ciclos de manhã/tarde/noite fiéis ao fuso horário real. Ou seja, se no Brasil for dia e no Japão noite, no jogo também será exatamente igual.
Ainda segundo informações reveladas pelos próprios desenvolvedores, o jogador precisará sobreviver às condições do mundo no jogo. Será necessário comer, beber, descansar, se exercitar, aprender a lutar, entre outras atividades. Lembrando que a ideia é trazer tudo isso o mais próximo possível da realidade.
Claro que para tirar um projeto dessas proporções do papel é necessário muito, muito, mas muito dinheiro mesmo. E como notas de cem ainda não nascem em árvores, a empresa criou um sistema de financiamento coletivo no próprio site do jogo. Qualquer um [que tenha dinheiro, óbvio] pode acessar e fazer doações para o projeto, sendo recompensadas futuramente com acesso aos betas fechados e até mesmo com itens e equipamentos no próprio jogo, como forma de agradecimento da empresa pela credibilidade que está sendo colocada nela.
A Pixyul tem a intenção de recriar alguns quilômetro quadrados do nosso planetinha e lançar um beta chamado Bloco 1 em meados de 2015. Como um trabalho desse demandará uma quantia absurda de tempo para ficar concluído [isso se um dia chegar a ficar], a ideia é aumentar o mapa gradualmente, sempre lançando atualizações com novas áreas acessíveis assim que as mesmas estiverem disponíveis. Em respeito às plataformas, até então há apenas confirmação de uma versão para PC, mas a empresa diz que quer se expandir e também tem a pretenção de lançar o game para os consoles da nova geração.
No próprio site do jogo já é possível se informar sobre os preços, serão lançados pacotes que vão desde US$19,99 até US$247,99.
Agora, se tudo isso vai mesmo sair da cabeça de dois malucos que pensam grande e parar em nossos computadores nós ainda não sabemos com certeza, mas o que sabemos com certeza é que a coragem e determinação da equipe é admirável. Nós da Taverna GameMania damos o maior apoio [moral, sem condições de financeiro] ao Neo, Morpheus e toda a equipe "Matrixyul" e esperamos que as demais produtoras vejam esse projeto como um exemplo de criatividade e que dediquem mais do seu tempo em ideias inovadoras e originais como essa, ao invés de ficarem nos bombardeando com jogos "mais do mesmo" com gráficos melhorados.
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