Quem já jogou Vanquish, ou Binary Domain, ou assistiu o filme Eu Robô com Will Smith sabe: a inteligência artificial pode não acabar bem!
Um dos maiores físicos da atualidade recentemente deu uma declaração um tanto quanto "assustadora" à respeito desse assunto. Stephen Hawking destaca que a supertinteligência artificial será uma das mudanças mais significativas no futuro da humanidade. Só não sabe se isso será bom ou ruim!
O gênio mostrou certa preocupação com potencial avanço em pesquisas sobre AI, quando ao mesmo tempo poucos são os que se dedicam a pesquisar os malefícios que esses avanços podem trazer.
Hawking, juntamente com o cientista da computação Stuart Russel e os físicos Max Tegmark e Frank Wilczek dizem que os benefícios com o estudo dessa tecnologia podem ser imensos e inimagináveis, todavia não é possível prever o que acontecerá quanto a inteligência artificial estiver em num nível mais desenvolvido. Segundo a declaração para o The Independent:
"Olhando para o futuro, não há limites fundamentais para o que pode ser alcançado: não há nenhuma lei da física impedindo partículas de se organizarem de forma que executem cálculos ainda mais avançados do que os arranjos de partículas em cérebros humanos. Uma transição explosiva é possível, apesar de talvez ser um pouco diferente de um filme: como Irving Good percebeu em 1965, máquinas com inteligência sobre-humana podem repetidamente melhorar o próprio design, ativando o que Vernor Vinge chamou de 'singularidade' e o personagem do filme de Johnny Depp chama de 'transcendência'.
Alguém pode pensar que tal tecnologia pode ser mais inteligente que mercados financeiros, superar pesquisadores humanos, ficar além da manipulação de líderes humanos e desenvolver armas que nem conseguimos entender. Considerando o longo prazo depende se ela pode ser de alguma forma controlada.
Então, encarando possíveis futuros de benefícios e riscos incalculáveis, os especialistas certamente vão fazer tudo possível para garantir o melhor resultado, certo? Errado. Se uma civilização alienígena superior nos envia uma mensagem 'Estamos chegando dentro de alguma décadas', nós responderíamos apenas: 'Ok, ligue quando estiverem por aqui - vamos deixar as luzes acessas'? Provavelmente não - mas é mais ou menos isso o que está acontecendo com a inteligência artificial. Apesar de estarmos prestes a encarar o que potencialmente será a melhor ou pior coisa da história da humanidade, pouca pesquisa séria esta sendo feita sobre essas questões fora de instituições sem fins lucrativos como o Centro de Estudos de Risco Existencial em Cambridge, o Instituto do Futuro da Humanidade, o Instituto de Pesquisa de Inteligência de Máquinas, e o Instituto da Vida Futura. Todos devíamos nos perguntar o que podemos fazer para melhorar as chances de colher os benefícios e evitar os riscos."
Como podem ver pelo texto, a coisa toda não é brincadeira. A iniciativa do renomado Stephen Hawking é muito importante e pode ser que desperte a preocupação de demais cientistas da área. A nós mortais só resta esperar e torcer para que as cabeças pensantes por trás da superinteligência artificial estejam fazendo seu trabalho de forma plena e segura, já que jogos e filmes sobre máquinas dominando os humanos são muito legais, mas certamente na realidade isso não seria nada, nada divertido.
Interessante o quanto não nos atentamos para como a tecnologia pode mudar nossa vida no curto, médio e longo prazo. Quarenta anos é mais ou menos metade de uma vida nossa, uma versão: para a vida tecnológica de um celular dá no mínimo umas quarenta versões. O futuro da Inteligência Artificial traz me novas preocupações...
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