Taz-Mania - Análise

Fabricante: Sunsoft
Distribuidora: Time Warner Interactive Entertainment
Gênero: Ação, Corrida
Data de Lançamento: Maio de 1993
Número de jogadores: 1 (um)
Plataformas: Super Nintendo

GAMEPLAY DA TAVERNA (ACT1 E ACT2)

UARRIARIARBLASFPRRRRRR

   Confesso: sempre fui fã do Taz, o famoso demônio da Tasmânia da Warner Bros. Essa fera marrom e faminta sempre esteve entre meus personagens favoritos na infância, adorava sua habilidade de girar incontrolavelmente e destruir tudo em seu caminho, mas o que me chamava atenção nele eram os seu gritos típicos "UARRIARIARBLASFPRRRRRR, TAZ COM FOME", achava ele muito engraçado e também achava muito injusto ele aparecer tão pouco nos desenhos animados.

   Não me lembro certamente a maneira como o cartucho do Taz-Mania para Super Nintendo acabou parando em minhas mãos durante a infância, mas lembro perfeitamente da sensação que senti ao ver que era um jogo do Taz. Numa época onde cada novo jogo era uma conquista, o jogo de um personagem querido era praticamente um tesouro, fiquei muito feliz com a aquisição. Mas infelizmente essa felicidade não duraria muito tempo...

   Ao chegar em casa e ligar o Super Nintendo logo de cara me deparo com um menu de apresentação. Não havia nenhuma opção, logo após apertar qualquer botão aparecia uma tela escrito Act 1, com Taz correndo atrás de uma espécie de pintinho, logo depois disso Taz já aparece em uma estrada. Percebi que a ideia era correr verticalmente por essa estrada, desviar dos obstáculos e devorar cinco desses pássaros amarelos [que são chamados de Kiwis] antes que o tempo acabasse para completar a fase. Porém o que eu não sabia e que acabou me decepcionando muito, era que o jogo todo se baseava apenas nisso, a cada fase a quantidade de Kiwis necessários aumentava, o tempo diminuía e apareciam algumas pequenas mudanças no cenário, só isso, não existe nenhum tipo de fase alternativa, todas elas sem exceção se resumem a correr em uma estrada, desviar dos obstáculos e devorar os Kiwis antes que o tempo acabe.

   A jogabilidade é super simples, correr para cima e para baixo e desviar para os lados ou pulando. Um botão aciona o modo turbo [aquele famoso rodopio], um freia e um é usado para devorar os Kiwis. Durante o percurso existem outros tipos de Kiwis além do amarelo, que são os: vermelhos, azuis e verdes, e que fornecem respectivamente mais tempo, mais pontos e uma vida extra, nada muito criativo. Em alguns níveis também aparece uma espécie de pantera dirigindo uma moto [?] e joga um item aleatório para Taz, que pode tanto ser bom, como um par de patins, ou ruim, por exemplo uma bomba [daquelas típicas das empresas ACME].

   A qualidade gráfica era bem colorida e agradável, com cenários contendo cores vivas que variam entre dia e noite, além de carros, trens e animais selvagens que passam pela estrada, existem poças d'água, placas, entre outros objetos, no geral são animações bem desenhadas, fazendo da qualidade gráfica o [único] ponto forte do jogo.

   As músicas também passam um clima alegre e divertido e seguem os padrões do desenho animado, porém são bem limitadas e com algumas dezenas de minutos de jogo se tornam repetitivas e enjoativas. Infelizmente nem o famoso "UARRIARIARBLASFPRRRRRR" está presente, e por mais triste que seja dizer isso, caso existisse seria a coisa mais engraçada e divertida encontrada em todo o jogo. 

   A ideia da Sunsoft era fazer um jogo simples, focando mais o humor do que a jogabilidade, porém o resultado acabou dando errado e o título além de ter ficado com uma jogabilidade ruim e entediante, também não tem muita graça, tanto que é pouquíssimo conhecido e poucos foram os "privilegiados" a jogarem uma cópia. O leitor mais curioso pode até estar sentindo uma pequena vontade de conferir o título, o que é uma ótima opção para quem tem o tempo meio apertado, já que será difícil jogar por mais de dez minutos.

RESUMO

Prós:

-Gráficos coloridos e bem desenhados

Contras:

-Jogabilidade repetitiva

-Trilha sonora fraca

-Não há uma história

-Não tem o que dizer, é chato mesmo!

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