Produtora: Capcom
Distribuidora: Capcom
Lançamento: 29 de Janeiro de 1998
Gênero: Survival Horror
Número de jogadores: 1
Plataforma: Playstation, PC, Nintendo 64 (posteriormente Dreamcast e Gamecube)
TRAILER
"The self destruction system has been activaded..repeat"
Esta com certeza é mais uma análise para a seção “jogos que marcaram minha infância” e sem exageros, é a análise de um dos melhores títulos do imortal Playstation.
Todos sabemos [ou deveríamos saber] que a série Resident Evil [criada pelo gênio Shinji Mikami] veio para revolucionar o estilo Survival Horror e até os dias de hoje é referência para o gênero, ao lado de grandes nomes como Silent Hill e Alone in the Dark.
Com muito sangue e carnificina, Resident Evil 2 mostrou singelas, porém significantes melhorias em relação ao primeiro episódio da franquia [que também é um clássico], tanto na jogabilidade como na parte gráfica e sonora e com certeza é um jogo obrigatório na coleção de qualquer fã do gênero.
Para entendermos melhor, precisamos recapitular um pouco da história:
A história se passa em Raccoon City, uma pequena e pacata cidade [parecida com onde eu moro] que abriga um enorme complexo de laboratórios da já conhecida Umbrella Corporation, que é uma empresa especializada em experiências genéticas focando o setor militar. O seu maior experimento consiste em um vírus que impossibilita quase que totalmente o indivíduo infectado, através da deteorização [apodrecimento] do cérebro, fazendo com que o infectado apenas haja por seus instintos. Esse vírus chamado na série de T-Virus, possui uma rápida proliferação e o contágio ocorre através do ar e do contato sanguíneo. Tudo ia bem, até que acaba ocorrendo um grave incidente e o T-Virus acaba sendo liberado pela cidade, transformando a maioria dos seus habitantes em zumbis sedentos por sangue e cérebro.
A história do jogo se inicia exatos dois meses após o primeiro jogo [que acontece numa mansão gigantesca] e conta com dois personagens principais:
Leon S. Kennedy: um policial novato que inicia seu primeiro dia na R.P.D. [Raccoon Police Department] localizada em Raccoon City [óbvio]. Porém ao chegar até lá Leon nota algo “levemente” estranho acontecendo.
Contamos também com Claire Redfield, irmã de Chris Redfield [protagonista no primeiro jogo], que vai a cidade à procura de seu irmão que estava desaparecido desde o incidente da mansão.
E como um golpe do destino [haha’] ambos se encontram em Raccoon City, e mesmo seguindo caminhos diferentes prosseguem sempre se ajudando durante o enredo. Além disso o jogo ainda possui dois personagens secundários, que são jogáveis:
Ada Wong: Pouco se sabe sobre o paradeiro de Ada, sabe-se apenas que ela está em Raccoon City à procura de seu amado John e que foi contratada para desvendar alguns segredos da Umbrella Corporation.
Sherry Birkin: Uma garotinha de 12 anos, filha de Annete Birkin e Willian Birkin [figuras conhecidas da Umbrella]. Como toda criança em enredo de horror, na maior parte do tempo Sherry é um fardo e o jogador precisa protegê-la [porque infelizmente não há como deixá-la morrer].
A jogabilidade segue a mesma linha de seu antecessor, podendo ser meio confusa no primeiro momento, mas com certo tempo o jogador consegue acostumar-se com os controles. O jogo não possui fases e é praticamente linear, possuindo Save Points bem espalhados e também baús que servem para armazenar armas, itens e qualquer outra coisa adquirida na aventura. Na versão Playstation o jogo contava com dois CDs, sendo um para jogar com Leon e outro com Claire. Cada jogador pode passar por dois caminhos diferentes, conhecidos como “Cenário A” e “Cenário B”. Ou seja, contamos com dois personagens e dois cenários resultando em quatro finais iguais mas visto de ângulos diferentes, o que com certeza tomará algumas horas do player.
As já conhecidas cenas da porta se abrindo continuam, porém são mais rápidas do que as cenas do primeiro Resident Evil. E isso tem uma explicação: no primeiro jogo ao se abrir a porta todo o cenário era carregado de uma só vez, o que implicava na demora, já em Resident Evil 2 cada parte do cenário é carregado individualmente. Isso é bom mas também é ruim, pois acelera as telas de transição de cenários [cena da porta], todavia algumas vezes pode ocorrer um pequeno lag durante a transição de uma câmera para outra, mas com certeza nada que comprometa o jogo.
Os puzzles ainda ganham bastante espaço, prepare-se para quebrar a cabeça com alguns deles [demorei muito para descobrir como matava aquele maldito crocodilo gigante].
Outro ponto importante na série: Não tente matar todos zumbis! Acredite: por mais munição que você possua, você nunca vai conseguir se livrar de todos os zumbis, então prepare-se para várias fugas durante o decorrer do enredo.
Além de tudo o jogo ainda possui seu conteúdo extra. É um modo de jogo liberado após terminar o jogo quatro vezes com Rank A ou superior, onde é possível jogar certa parte do enredo com Hunk, um dos sobreviventes da história. Esse modo de jogo não possui final e é liberado apenas para prolongar o gameplay. Além do que, se o player fizer mais dois finais com Rank A ou superior [resultando em seis finais] pode fazer a mesma aventura de Hunk, porém jogando com Tofu [que até hoje eu não sei explicar que diabos é aquilo], uma espécie de pedaço gigante de gelo que usa apenas uma faca, o que torna a conclusão da fase muito difícil.
Isto é o Tofu
A parte gráfica foi aprimorada em relação ao primeiro jogo, contanto com cenários 3D que apesar de estáticos são muito bem detalhados, dando um ar de abandono à cidade. As expressões faciais dos personagens foram melhoradas, assim como os zumbis que ganharam mais vida [?] e agora possuem gráficos melhor trabalhados e repletos de detalhes. As cenas em CG impressionam, levando-se em conta que estamos falando de um jogo com quase dezessete anos de vida. Ainda consigo me lembrar claramente da cena final do trem, outra que com certeza marcou minha infância.
A trilha sonora como é de praxe nos Survival Horrors praticamente não existe, dando ainda mais um ar de solidão ao jogo. Apenas em bosses ou em alguns momentos de adrenalina é que aparece alguma música de fundo, geralmente desesperando mais ainda o jogador. Fora isso é possível ouvir o vento, goteiras, zumbis gemendo, entre outras coisas macabras e diabólicas.
A dublagem não deixa a desejar, e mesmo sendo falha em algumas partes cumpre prontamente o seu papel durante jogo. Já o efeito sonoro dos tiros ainda deixa um pouco a desejar, mesmo apesar da grande variedade de armas, os sons são basicamente iguais, salvo algumas exceções como o Grenade Launcher e a Rocket Launcher.
Resident Evil com certeza é um grande trabalho da Capcom e a prova disso é que até hoje o jogo continua recebendo continuações, algumas claro nem tão fiéis ao enredo inicial do jogo, mas ainda assim a franquia continua sendo um sucesso.
Eu particularmente nunca tive medo do jogo [conheci pessoas que tinham], mas confesso que muitas vezes tomei alguns sustos, seja com portas sendo escancaradas ou com espelhos quebrando, e garanto que se você gosta de emoções fortes, com certeza vai gostar de Resident Evil 2 !
RESUMO
Prós:
-História bem elaborada
-Gráficos convincentes
-Sustos garantidos
Contras:
-Jogabilidade confusa no começo
-Sonoridade das armas deixa a desejar
-Até hoje sinto raiva daquele crocodilo !
Gameplay Leon
Gameplay Claire
Final Boss Claire
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